Mama África
Quando penso nas crianças,
Mudas lá na África,
Uma pontada me dá no coração,
Não digo que é tristeza, mágoa ou dó,
Somente me sinto só,
Em pensar nelas,
Sozinhas nesse mundo de meu Deus.
A fome sim as atinge,
O calor sim as consome,
Mas nada dói mais que essa solidão,
Que fere o meio do peito, um corte imperfeito,
Que não cicatriza,
Que só aumenta,
E perfura o corpo sem dó nem paixão.
E assim vive uma criança,
Que na África vive a vida,
são muito mais que uma nova lição,
Que explica humildade real, que fala de Deus,
Que não engana,
Se alegra com pouco,
Procuram o valor da real compaixão.
(Júlia Wotzasek Pereira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário